Infelizmente não vejo mais esperança. Eles são muitos. Colocaram-se em um pedestal de autoproclamada inteligência e superioridade. Fake news são mais curtos de se ler, ouvir ou é mais divertido para se rir. Ler livros de filosofia e história é chato. Ouvir quem estudou ou estuda é se rebaixar. Encontraram feedback nas piadinhas misóginas e discriminatórias. Eu me dei conta, depois de conversas, que eles sabem, sabem de tudo e estão bem com isso. De alguns cheguei a ouvir que não se importam que outros irão sofrer ou morrer, pois acreditam que será só com os outros, são brancos, héteros, classe média, acham que estão protegidos. Mas o teto é de vidro pra todos. É uma pena que não aprenderam com a história, terão que aprender com uma nova, com muito sangue derramado, quando sentirem que familiares estão desaparecendo, quando perceberem os direitos que estarão sendo perdidos, quando perceberem que não mais poderão protestar por nada. Nesse momento será tarde demais, mas talvez seja o único caminho. Eles se tornaram muitos e não vão aprender sem passar pelo inferno. As vezes é preciso perder (muito) para se ganhar, e acho que este é o destino da democracia, vamos perder muito antes de ter força suficiente para voltar pra ela. Meu maior desejo atualmente é estar errado, muito errado.
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